segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Amigo se adota

Estamos nas horas finais de 2013 e é quando a gente se permite parar para pensar um pouquinho na vida. Nos meses anteriores usamos o lema "está tudo tão corrido, não tenho tempo para nada" e empurramos esse momento filosófico sabe-se lá para quando. Como nosso tema aqui é Odara, o assunto é ela e todos os seus companheirinhos quadrúpedes.

Infelizmente, ainda convivemos com pessoas que acham animais o brinquedo ideal para crianças, e esquecem que, como seres, têm necessidades. Fazem xixi, cocô, precisam de educação, amor e carinho. Então, não adianta presentear e esquecer de pensar nesses aspectos. Nem todos os pais e/ou responsáveis têm paciência ou maturidade para entender isso e buscam no abandono a solução. Esquecem que o gato, cão ou outro animal têm sentimentos, sem falar no exemplo que deixam aos filhos. Nada e tira da cabeça que quem falta com respeito aos animais, fará o mesmo com o ser humano. Para mim, a falha é de igual gravidade.

Há, ainda, aqueles que apenas respeitam. Logo, também devemos respeitar. Nem todo mundo nutre o mesmo amor e paixão que nós. O importante é não maltratar, mas também é preciso cuidado para não se tornar insensível à causa e vale lembrar que "quem deixa de fazer o bem, acaba fazendo o mal''. Logicamente, nada se compara aos ~humanos~ que batem, chutam, ateiam fogo ou fazem qualquer tipo de maldade. Primeiro, é um covarde por se aproveitar de sua inútil força para ser alegre em cima de uma dor. Só sendo muito otário para achar que isso é alegria. A essas pessoas, envio os meus piores sentimentos, desejos e pensamentos para 2014. Não sei nem o que farei no dia que presenciar algo do tipo.

Por outro lado, tem aqueles que até querem, mas sempre tem algo a atrapalhar. Pelo amor de Deus, saiam de cima do muro. Ficar fora de casa o dia todo não é justificativa para você não ter animal. Ou é melhor o ele na rua? Antes ele só em casa, mas bem tratado, alimentado e com amor do que nas ruas, correndo risco de ser agredido, atropelado ou morrer de fome. Não precisa também ter um sítio. Lógico que cuidar de um cavalo em um quitinete pode não ser a tarefa mais fácil. Mas, se tem amor, não julgo. Outra opção é adotar animais de menor porte. O que não faltam são animais de todos os tipos e gostos. Logicamente, o amor é o mesmo, mas também tem que ter praticidade e raciocínio. 

Li dia desses que nove a cada 10 cachorros têm destino trágico nas ruas. Isso porque também lidamos com a falta de castração. E assim, temos uma população canina gigante, inversamente proporcional às pessoas que topam adotar. É fácil? Não, não é. Vocês acompanham aqui a luta que é. Alguém abandonou Odara e ela dificilmente estaria viva se não tivesse sido resgatada. Foi por nós, mas poderia ter sido qualquer pessoa. E sabem por que? Porque o sentimento que move gestos assim é amor. Resgatar um animal requer paciência para que vocês se conheçam, confiem um no outro e se entendam. Também requer um custo porque é ideal levar para uma consulta ao veterinário. Mas tudo possível de fazer. E não importa o gasto. O amor e a gratidão serão sempre maiores do que qualquer coisa.

Experimente a sensação de chegar em casa e ter alguém a fazer festa por você. Experimente chorar na frente do animal e você vai ganhar um amigo que vai perceber suas lágrimas e vai, do jeito dele, te consolar. Experimente escolher um nome e ele te obedecer. Experimente ver a alegria dele ao passear com você. Experimente se sentir sozinho e olhar para o lado e descobrir que você tem um companheiro (a). Experimente falar com ele, pedir desculpas ou desabafar. Experimente AMAR.

Nós levantaremos sempre a bandeira de que amigo não se compra. Amigo se adota, se conquista. ADOTE!

"mamain disse que eu era presente também"

"Pedi pro Papai Noel uma calabresa"

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