Infelizmente, ainda há muita maldade ao nosso redor. Com animais,
então, a violência só aumenta porque muitas pessoas não perceberam que eles não
são objetos. Assim, descartam cachorros e gatos com o mesmo desprendimento de
quem joga um copo no lixeiro. E aí mainha estava passando pelo Parque 13 de
Maio quando viu uma pit Bull (ou raceada) amarrada a um poste. Ao
redor, um morador de rua implorando para alguém resgatar ela porque já haviam
chamado a carrocinha. E, lenda ou não, não confio nem por decreto.
Então, mainha levou ela para casa e me ligou aos prantos porque
havia feito isso, sabendo que já tínhamos Odara e Mocinha. A Pit, como passamos
a chamá-la, estava com a pele bem feridinha, cheia de leite e inchada. No
pescoço, a marca da corda. Todo dia, fazia massagem nela, colocava bolsa quente
e álcool iodado. Foi um malabarismo separar, alimentar e cuidar das três
cachorras.
Mocinha não se mistura porque tem certeza que está acima de
qualquer outro animal. Então, em um belo dia de sol, arriscamos juntar as
outras duas no mesmo quarto. A Pit é um doce e super mansa e, enquanto Odara
patrulhava a casa, foi beber água. Para quê, meu Deus?! Odara já veio trotando
e com a cara enrugada que sempre faz quanto está brava ou quer ir atrás de
outro cachorro. Chegaram a se estranhar, mas logo separamos. Se tivessem
brigado mesmo, eu não estaria aqui para contar isso.
Fizemos uma divulgação e conseguimos um lar definitivo para a Pit,
que hoje está bem tratada, convive com outros cães não-ciumentos.
"mamain cuidando da intrusa"
"ela tentando conquistar..fiquei só de olho"
"Topei ficar ao lado só para sair na foto, mas é tudo meeeeu"
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