segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Odarinha

Se Odara fosse uma pessoa seria daquelas que não se abatem com os problemas. Poucas vezes o seu estado de saúde a deixa tão abatida a ponto de não fuçar o lixo ou negar aquele pãozinho francês, de forma, dormido, fresquinho, quente, gelado, etc. Nos finais de semana é sempre a mesma coisa. Dia de banho e de observar o avanço da doença. Vimos que em uma das mamas cresceu uma ferida que sangra muito e as tosses são acompanhadas de muita secreção. Mas o que nos tranquiliza é que, apesar dos visíveis progressos do câncer, ela tem um apetite de um filhote em plena forma física.

Hoje é dia de médico e já prevejo a chateação por isso. Ela ama passear de carro até se ligar qual é o destino, e o resultado disso é quase uma semana sem falar com a gente direito. Mas ela sabe que amor nem sempre tem cheiro bom e molhinho de carne.

"Mamains e vovó amarraram o paninho para que eu não
catuque minha feridinha e sangre"


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